Textos: Danillo Costa Barbosa
Nome popular: Falsa coral
Nome científico: Erythrolamprus aesculapii
Família: Colubridae
Ordem: Squamata
Habitat (distribuição):
É uma espécie muito comum no Brasil, sendo encontrada em diversas regiões. Esta espécie também é encontrada em outros países da América do Sul, Habita as zonas orientais tropicais e subtropicais, em uma faixa altitudinal que começa aproximadamente do nível do mar a 2300 m de altitude. É encontrada principalmente na floresta, embora possa ser encontrada em áreas urbanas.
Estimativa de vida: 15 anos.
Alimentação:
Os indivíduos adultos alimentam-se de outras cobras, enquanto que os juvenis alimentam-se de pequenos vertebrados (enguias anguiliformes, peixes, tais como os do gênero Synbranchus e alguns tipos de lagartos )
Curiosidades:
Apresenta dentição opistóglifa. Como forma de defesa pode achatar o corpo dorso-ventralmente e também enrolar a cauda.
Referências:
Jorgeoandres. «Reptiles del Ecuador». bioweb.bio (em inglês). Consultado em 2 de dezembro de 2018
Sérgio Bernarde, Paulo. «CORAIS (FALSAS & VERDADEIRAS) DO BRASIL». Consultado em 2 de dezembro de 2018.
«Como Distinguir a Cobra Coral Verdadeira da Falsa?». Cobras. 2 de novembro de 2016.
Nome popular: Anfisbena (Cobras-de-duas-cabeças)
Nome científico: Amphisbaena alba
Família: Amphisbaenidae
Ordem: Squamata
Habitat (distribuição):
Amphisbaena alba está amplamente distribuída pela América do Sul. É elegível para avaliação regional. No Brasil existem registros para todos os biomas, exceto o Pampa, em diferentes tipos de solo e ambientes, incluindo urbano.
Características morfológicas:
Possui corpo cilíndrico, robusto, uniforme, desprovido de patas e mãos, a cauda é forte e curta, com o mesmo formato que a cabeça, o corpo é coberto de pequenas escamas com sulcos longitudinais, formando anéis ao redor do corpo.
O corpo, coberto de pequenas escamas com sulcos longitudinais e transversais; têm uma coloração que varia de branco e bege-escuro. Atinge 60 cm de comprimento e tem forte musculatura.
Estimativa de vida: 2 anos.
Alimentação: Minhocas, vermes, larvas e pequenos artrópodes.
Características comportamentais:
Possuem comportamento bastante agressivo, quando são manipuladas.
Apresenta hábito fossorial, ou seja, vivem em galerias abaixo do solo.
Curiosidades:
Como suas duas extremidades são semelhantes, e seus olhos bem pequenos, estes indivíduos são conhecidos popularmente como cobra-de-duas cabeças. Tal fato se torna uma vantagem para estes animais, já que podem fazer com que seus predadores confundam a cauda com a cabeça, ou vice-versa.
Referências:
http://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/8777-repteis-amphisbaena-alba
Nome popular: Jacaré
Nome científico: Caiman sp.
Família: Alligatoridae
Ordem: Crocodylia
Habitat (distribuição):
Sua distribuição geográfica abrange os seguintes países da América do Sul: Argentina,Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil, onde se distribui desde o Rio Grande do Norte até Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim no Rio Grande do Sul. Está presente também nas bacias do São Francisco e Paraná até o rio Paraguai, além de pequenas bacias costeiras do leste do país.
Características morfológicas:
Chega a 22 kg. Ele mede, em média, 2 metros, mas existem registros de animais da espécie com até 3,5 metros de comprimento.
O focinho largo e achatado. Sua cor é esverdeada, quase pardo, com o ventre amarelado. Os maxilares não se movem para os lados nem efetuam ações mastigatórias,
costumam prender a vítima com seus caninos e às vezes as engolem inteiras. O sistema digestivo possibilita o aproveitamento quase total das proteínas ingeridas. Tanto é que as fezes do jacaré não “cheiram” esfarinhando-se com um simples toque.
Sua língua praticamente não tem função na ingestão dos alimentos. Ela é presa
ao solo da mandíbula e não possui movimento significativo. O poder de trituração da mandíbula dos crocodilianos é grande, principalmente da mandíbula inferior, no entanto o poder de abertura é relativamente pequeno.
Estimativa de vida: 70 a 80 anos.
Alimentação: Possui uma dieta muito variada onde estão incluídos invertebrados, principalmente na fase inicial da vida, e vertebrados na fase adulta. Como são animais oportunistas podem comer caramujos, aves, mamíferos como capivaras pequenas. Devido a sua forte mandíbula podem comer inclusive tartarugas.
Características comportamentais:
Seu período de reprodução é entre janeiro e março.
O acasalamento ocorre na terra ou em charcos com pouca água. A fêmea coloca 25 ovos em média, num ninho construído entre a vegetação, próximo à água, e cobre os mesmos com folhas secas e areia. Após a postura, a fêmea torna-se mais agressiva e nunca se afasta dos ovos.
São animais ectotérmicos (com temperatura variável, de acordo com o ambiente), gostam de calor, não suportam o frio e têm boa visão noturna.
Possuem uma longa cauda, útil na disputa por alimento (contra outros animais) e na locomoção dentro da água (a propulsão do jacaré).
Hábito: Noturno.
Comportamento: Grupo.
Curiosidades:
O jacaré pode trocar a dentição até 40 vezes, podendo chegar a ter 3000 dentes, ao longo da vida. Isso por que cada dente que eles perdem é reposto.
Constrói ninhos em forma de montículos de material vegetal (folhas e ramos) e terra, durante a estação chuvosa.
A incubação dos ovos dura de 65 a 90 dias e é por meio de variações de temperatura que se define o sexo dos animais: até 31º C, nascem fêmeas. Até 33º C, os filhotes serão machos.
Referências:
Pinheiro, M. S. 1996. Crescimento de filhotes de jacaré-de-papo-amarelo, Caiman latirostris (Daudin, 1802), alimentados com fontes protéicas de origem animal. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo. Piracicaba, São Paulo, Brasil.
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/jacareamarelo.htm
https://www.embrapa.br/pantanal/busca-de-noticias/-/noticia/25725862/conheca-o-jacare-de-papo-amarelo
http://www.gestaouniversitaria.com.br/system/scientific_articles/files/000/000/230/original/Artigo_K%C3%A1tia_Jacar%C3%A9.pdf?1483439908
http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR/article/view/403
Nome popular: Jibóia
Nome científico: Boa constrictor
Família: Boidae
Ordem: Squamata
Habitat (distribuição): Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga
Características morfológicas:
Seu corpo é alongado roliço e ligeiramente comprimido nas laterais. Sua cor é camuflada e confunde-se com o ambiente. São serpentes de médio a grande porte e podem medir até 4 metros de comprimento. Pode chegar a pesar 35 kg.
Estimativa de vida: 15 a 20 anos.
Alimentação: Roedores, aves e lagartos. A frequência e quantidade de alimentos variam de acordo com o tamanho do animal.
Quando em cativeiro, é comum alimentar as jiboias com pequenos roedores, como camundongos e ratazanas jovens. Quando maiores, podem ser alimentadas com lebres, ratazanas adultas e aves (frangos).
Características comportamentais:
Os indivíduos estão aptos para reprodução com cerca de 3 anos de idade. Anualmente, os casais se encontram no Outono e depois do acasalamento a gestação pode levar de 5 a 8 meses para gerar de 10 a 40 filhotes em uma única ninhada. Os filhotes nascem totalmente desenvolvidos e são independentes.
As jiboias desenvolvem suas atividades no período da noite, mas podem ser encontradas ativas durante o dia quando estão procurando abrigo ou alimento. Geralmente estas cobras possuem hábitos arborícolas e terrestres e se deslocam de forma lenta pelo substrato. Algumas jiboias também podem ter hábitos subaquáticos.
Curiosidades:
As viroses são o principal problema em jiboias, devido à gravidade do quadro e também à capacidade de disseminação de alguns vírus. Diversos tipos de vírus foram descritos em jiboias, como adenovírus e herpes vírus causadores de lesão hepática e alguns retrovírus causadores de enterite e lesões hepáticas. Um dos principais vírus causadores de mortes é o paramixovírus. Esses vírus levam a quadros de pneumonia bastantes graves, que frequentemente levam o animal à morte. Os sintomas são febre, boca semiaberta, dificuldade respiratória e até hemorragia na boca.
Ao contrário do imaginário popular, as jiboias não são cobras peçonhentas, ou seja, não possuem presa inoculadora de veneno.
Referências:
https://www.infoescola.com/repteis/jiboia/
http://portalmelhoresamigos.com.br/dossie-completo-da-jiboia-de-estimacao/
Nome popular: Tartaruga-da-amazônia
Nome científico: Podocnemis expansa
Família: Podocnemididae
Ordem: Testudines
Habitat (distribuição):
Ocorre na Colômbia, Venezuela, Guianas, Brasil, Peru, Equador e Bolívia. No Brasil, ocorre em todos estados da Região Norte e nos estado de Goiás e Mato Grosso, na Região Centro-Oeste.
Características morfológicas:
Pode chegar a 90 centímetros de comprimento e pesar até 75 quilos.
Presença de casco ósseo, de forma oval, coberto por placas córneas e a presença de manchas escuras regulares na carapaça com cores pretas, alaranjadas ou marfim.
A cabeça é pequena e chata. O mais interessante é que as linhas na cara da tartaruga, que formam os desenhos, são como as impressões digitais no ser humano. Uma tartaruga nunca tem os mesmos desenhos que outra.
As patas são curtas e fortes. Nas patas da frente ela tem cinco unhas e nas de trás apenas quatro.
Estimativa de vida: 50 anos.
Alimentação: comem frutas, vegetais e peixes quando livres na natureza. Em cativeiro, comem também carne e ração
Características comportamentais:
é uma tartaruga essencialmente aquática que vive tanto em sistemas de água branca como em águas escuras, onde é mais escassa. Habita também lagos na floresta. Durante a estação chuvosa, adentra nas florestas alagadas para aproveitar frutos e sementes que caem na água. Na estação seca, vão para os rios em busca de praias arenosas que se formam nos cursos médios e baixos para reproduzirem-se.
A espécie possui um único período reprodutivo anual. O período da desova começa em setembro e termina em dezembro. Após encontrar o local ideal para a desova, elas ficam em repouso no leito do rio durante quatro a cinco dias observando a praia de dentro da água.
É um bicho diurno, que vive em grupos. As fêmeas são bem maiores do que os machos.
Curiosidades:
É bastante consumida na bacia do rio Negro, entretanto, seu consumo é restrito à estação seca, quando é facilmente capturada nidificando. Sua carne, ovos e subprodutos são consumidos pelas populações ribeirinhas, restaurantes e comércio, desde a época da ocupação da região Amazônica até os dias de hoje.
Convivem bem até com os jacarés, porque depois de grandes, o casco é tão duro que resiste aos dentes dos jacarés.
Referências:
https:// http://www.oeco.org.br/blogs/fauna-e-flora/28027-a-verdade-sobre-a-tartaruga-da-amazonia/
http://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7431-repteis-podocnemis-expansa-tartaruga-da-amazonia2
Nome popular: Tartaruga-de-pente
Nome científico: Eretmochelys imbricata
Família: Cheloniidae
Ordem: Testudines
Habitat (distribuição):
A tartaruga-de-pente tem como habitat natural recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas. A espécie tem uma distribuição mundial, com subespécies do Atlântico e do Pacífico.
Características morfológicas:
A tartaruga-de-pente não é tão grande quanto a tartaruga-de-couro, porém chega a atingir 114 cm de comprimento de carapaça e seu peso é de até 150 kg. Assim como as outras tartarugas marinhas, essa espécie
A carapaça da tartaruga-de-pente apresenta cor marrom-amarelada e é formada por quatro placas laterais, que se dispõem como telhas. Antigamente seu casco era usado na fabricação de pentes, daí o seu nome. Ela apresenta cabeça pequena e alongada, e sua boca assemelha-se ao bico de um pássaro, o que lhe permite caçar entre corais.
Estimativa de vida: 70 a 80 anos.
Alimentação: Onívora, o seu principal alimento são as esponjas (que constituem de 75% a 95% daquilo que ingerem). Mas comem algas, polvos, lulas, caranguejos e lagostas.
Características comportamentais:
O período de reprodução se divide em dois: de setembro a março, ocorre no continente; e de dezembro a junho, nas ilhas oceânicas. A desova acontece no Verão, de 2 a 5 vezes por estação. São colocados de 73 a 189 ovos por ninho. A incubação dura de 47 a 75 dias. As recém-nascidas apresentam cores escuras e têm as carapaças em forma de coração. Assim que nascem, voltam-se instintivamente para o mar. Se assim não o fizerem, ao raiar do Sol podem virar alimento de predadores como aves e caranguejos.
Em geral acasalam-se em lagoas rasas perto das praias onde provavelmente vão nidificar. Nos demais períodos, são solitárias.
Apresenta um ciclo de vida longo, e a maturidade sexual só é atingida após os 25 anos de idade.
Curiosidades:
Hoje esta espécie seja protegida por vários programas de educação ambiental, a tartaruga-de-pente quase foi extinta pela pesca predatória por causa da carapaça, então muito utilizada para a fabricação de pentes, aros de óculos, talheres e outros artefatos. Ainda está em perigo crítico.
Desova no litoral norte da Bahia e Sergipe; e no litoral sul do Rio Grande do Norte.
Referências:
http://www.tamar.org.br/tartaruga.php?cod=19
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/fauna/noticia/2015/01/tartaruga-de-pente.html
http://www.icmbio.gov.br/revistaeletronica/index.php/BioBR/article/view/88
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/repteis/tartaruga-de-pente_(eretmochelys_imbricata).html
Nome popular: Teiú
Nome científico: Tupinambis sp.
Família: Teiidae
Ordem: Tupinambis
Habitat (distribuição):
encontrada do sul da Amazônia ao norte da Patagônia, a leste dos Andes. No Brasil, está presente nos biomas Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia, sendo que também foi introduzido em algumas ilhas.
Características morfológicas:
Atinge até 2 metros de comprimento. Possui cabeça comprida e pontiaguda, mandíbulas fortes providas de um grande número de pequenos dentes pontiagudos. Língua cor-de-rosa, comprida e bífida. Cauda longa e arredondada. Coloração geral negra, com manchas amareladas ou brancas sobre a cabeça e membros. Região gular e face ventral brancas, adornadas de manchas negras. Os filhotes são esverdeados, coloração que vai desaparecendo de acordo com o desenvolvimento dos animais.
Alimentação:
Onívoros, alimentam-se, em cativeiro, de gemas de ovos, carnes, camundongos, pintinhos, rãs, frutas, vegetais, etc. Podem ser animais agressivos, razão pela qual são importantes os cuidados no manejo para se evitarem mordidas
Características comportamentais:
ocupa principalmente áreas abertas e bordas de mata. No interior de florestas, sua presença parece estar relacionada às áreas de clareiras. É terrestre e raramente sobe em árvores após atingir a fase adulta. O teiú também costuma frequentar áreas antrópicas, podendo invadir galinheiros para comer ovos e pintinhos. Tem atividade diurna e é heliotérmico (expõe-se ao sol para elevar a temperatura corporal). Procura seu alimento ativamente no chão, com o auxílio da língua bífida, que capta partículas de cheiro do ar.
Curiosidades:
Quando se sente ameaçado, pode ficar imóvel e tentar se camuflar no ambiente ou fugir rapidamente. Mas quando se sente encurralado, desfere fortes mordidas e chicotadas com a cauda. Se agarrado pela cauda.
Referências:
FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.980
FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 657
Lista de discussão ‘Etnolingüística’; 22/2/2012; http://lista.etnolinguistica.org/3167
Fotos: Isabela Nicoletti