Aves

Textos: Danillo Costa Barbosa

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Nome popular: Asa branca, pomba de bando
Nome científico: Zenaida auriculata
Família: Columbidae
Ordem: Columbiformes
Habitat (distribuição): Ocorre em todo o Brasil.

mapa pomba de bando
Características morfológicas:
Possui um dorso pardo, duas faixas escuras na cabeça atrás dos olhos e mancha e bordas negras nas asas, possuem uma pele azulada que envolve seus olhos. O macho tem a cabeça azulada e seu pescoço quando iluminado pela luz do sol mostra manchas cor-de-rosa e azul . Já a fêmea a cabeça é de um tom amarronzado meio ruivo com o pescoço quando a luz do sol o ilumina de um tom amarelado e esverdeado. Essa ave ao contrário das outras pombas pode chegar a medir 25 cm de comprimento.
Alimentação:
Alimenta-se de grãos silvestres e de brotos de plantações. Os grandes bandos desta ave podem se transformar em pragas agrícolas em culturas de grãos. Geralmente são atraídas por restos de alimentos, farelos de milho e pães.
Características comportamentais:
Voa muito rápido, com modificações de altura e em ziguezagues, diferente das demais pombas geralmente em bandos . Pode construir seus ninhos tanto no chão como em poleiros e em arbustos, com gravetos de forma rala podendo se vê o ovo através do ninho, geralmente são criados 2 ou 3 filhotes por ninhada. Estes são alimentados por ambos os pais e deixam o ninho dentro de duas semanas.
O macho tem a cabeça azulada e seu pescoço quando iluminado pela luz do sol mostra manchas cor-de-rosa e azul para atrair a fêmea na época de acasalamento, quando este se exibe enchendo o pescoço.
Curiosidades:
No Nordeste, onde realiza migrações locais conforme as secas também forma bandos enormes. Nessa região é muito caçada, chegando a ser vendida em feiras populares. É parte importante da alimentação dos sertanejos desta região.

Referências:
SESC – Guia de Aves do Pantanal – disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/83.htm Acesso em 03 mai. 2009.
Wikipedia – a enciclopédia livre – disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Avoante Acesso em 03 mai. 2009.
SANTIAGO, R. G. Pomba-de-bando (Zenaida auriculata). Guia Interativo de Aves Urbanas. Acesso em:  22 feb. 2007. Disponível em: <http://www.ib.unicamp.br/lte/giau/visualizarMaterial.php?idMaterial=435&gt;. Acesso em: 03 mai. 2009.
CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.


bem-te-vi72

Nome popular: Bem-te-vi
Nome científico: Pintagus sulfuratus
Família: Tiranídeos
Ordem:Passeriforme
Habitat (distribuição):
É ave típica da América Latina, com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000 km².
Entretanto, pode também ser encontrado no sul do Texas e na ilha de Trinidad. Foi introduzido nas Bermudas em 1957, importado de Trinidad, e na década de 1970 em Tobago. Nas Bermudas, é a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare.

mapa bem te vi

Características morfológicas:
Ave de médio porte, o bem-te-vi mede entre 20,5 a 25 centímetros de comprimento e pesa aproximadamente de 52 a 68 g. Tem o dorso pardo e a barriga de um amarelo vivo; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca.
Alimentação:
É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente, mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros pássaros, flores de jardins, minhocas, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade e até mesmo pequenos roedores. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e equinos.
Características comportamentais:
É agressivo, ameaça até gaviões e urubus quando esses se aproximam de seu “território”. Costuma pousar em lugares salientes como postes e topos de árvores. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas, demonstrando grande capacidade de adaptação. É um dos primeiros a cantar ao amanhecer. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de televisão. Podem ser encontrados em áreas urbanas,matas densas e ambientes aquáticos como lagoas, rios e praias.
Curiosidades:
Possui um topete amarelo somente visível quando a ave o eriça em determinadas situações.

Referências:
LAGO-PAIVA, Celso, 1996. Cavity nesting by Great kiskadees (Pi­tan­gus sul­phuratus [Tyrannidae]): adaptation or expression of ances­tral be­havior? Auk 113(4):953–955, Norman, Oklahoma.
Portal São Francisco, Bem-te-vi – Disponível em: <http://portalsaofrancisco.com.br/alfa/bem-te-vi/&gt;. Acesso em: 08 mar. 2009.
SANTIAGO, R. G. Bem-te-vi ( Pitangus sulphuratus ) Biblioteca Digital de Ciências, 05 feb. 2007. Disponível em: <http://www.ib.unicamp.br/lte/bdc/visualizarMaterial.php?idMaterial=409&gt;. Acesso em: 08 mar. 2009.
Portal Brasil 500 Pássaros, Bem-te-vi – Disponível em http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1eye.htm. Acesso em 30 abr. 2009.
Frisch, Johan Dalgas. Aves brasileiras e plantas que as atraem 3ª ed.. Dalgas ecoltec, São Paulo, 2005, p.350.
CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2014.


carcará72pix

Nome popular: Carcará ou cara-cará
Nome científico: Caracara plancus
Família: Falconidae
Ordem: Falconiformes
Habitat (distribuição):
Possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes. Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil.

mapa carcara
Características morfológicas:
Medindo cerca de 50 a 60 centímetros da cabeça a cauda, o peso do macho é de 834 g , e a fêmea de 953 g e mede cerca de 123 centímetros de envergadura, o carcará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo “carijó”; patas compridas e de cor amarela; em voo, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de cor clara na extremidade das asas.
Alimentação:
Onívoro, alimenta-se de quase tudo o que acha, de animais vivos ou mortos até o lixo produzido pelos humanos, tanto nas áreas rurais quanto urbanas.
Características comportamentais:
Não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista assim como o seu parente próximo, o carrapateiro (Milvago chimachima).
Curiosidades:
Suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça lagartos, cobras, sapinhos e caramujos; rouba filhotes de outras aves, até de espécies grandes como garças, colhereiros e tuiuiú (Jabiru mycteria); arranha o solo com os pés em busca de amendoim e feijão; apanha frutos de dendê; ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outros animais.

Referências:
Carvalho, C. E. A. & Marini, M. Â. 2007. Distribution patterns of diurnal raptors in open and forested habitats in south-eastern Brazil and the effects of urbanization. Bird Conservation International 17: 367-380.S.O.S. Falconiformes
Crozariol, M.A. & F.B.R. Gomes (2009) Predação de Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) (Anura: Leptodactylidae) por Caracara plancus (Miller, 1777) (Aves: Falconidae), com notas sobre história natural, no Vale do Paraíba do Sul, SP. Atualidades Ornitológicas 149: 4-5.
Marini, M.Â., Aguilar, T. M., Andrade, R. D., Leite, L. O., Anciães, M., Carvalho, C. E. A., Duca, C., Maldonado-Coelho, M., Sebaio, F. & Gonçalves, J. F. 2007. Biologia da nidificação de aves do sudeste de Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia 15:1-10. S.O.S. Falconiformes
Antas, P.T.Z. Aves do Pantanal. RPPN. Sesc:2005.
Aves de Rapina do Brasil – disponível em http://www.avesderapinabrasil.com
Portal Brasil 500 pássaros, Caracará. Disponível em: http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1eye.htm. Acessado em 01 mai. 2009.


Nome popular: Coruja-buraqueira
Nome científico: Athene cunicularia
Família: Strigidae
Ordem: Strigiformes
Habitat (distribuição):
Ocorre do sul do Canadá à extremidade sul da América do Sul, bem como em quase todo o Brasil com exceção da bacia Amazônica.

mapa coruja buraqueira
Características morfológicas:
Ave de pequeno porte, seu tamanho médio é de 21,5 a 28,5 cm (machos) e de 22 a 25 cm (fêmeas). Pesa entre 110 e 285 g (machos) e entre 150 a 265 g (fêmeas). Possui a cabeça redonda, sem penachos e os olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. As sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. A coloração é cor de terra, mimética, podendo apresentar plumagem em tons de ferrugem causados por solos de terra roxa (coloração adventícia).
Estimativa de vida: 15 anos.
Alimentação:
É uma predadora de pequeno porte com hábito carnívoro-insetívoro, sendo considerada generalista por consumir as presas mais abundantes de acordo com a estação, tendo preferência por roedores. As ordens de insetos consumidas são: coleópteros (besouros), ortóptera (grilos e gafanhotos), díptera e himenóptera. Os vertebrados consumidos são representados pelos: roedentia, marsupialia, amphibia, répteis squamata, microquiroptero (morcegos verdadeiros).
Características comportamentais:
Constrói seus ninhos em buracos no solo , costuma se vista durante o dia ao contrario das outras corujas , tem o hábito de ficar ereta sobre uma das patas comportamento que não e repetido por outras aves do grupo.costuma proteger os ninhos vocalizando um grunhido auto e agudo ou dando rasantes assim afugentando outros animais para longe dos ninhos.
Curiosidades:
Pode virar a cabeça em 270º. Os filhotes também emitem sons e que, quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.

Referências:
Guia Ilustrado de Animais do Cerrado de Minas Gerais. 2.° edição. CEMIG. Editare Editora, 2003.
Guia de Campo – Aves do Brasil Central – Tomas Sigrist – Avis Brasilis, 2007.
Aves de Rapina do Brasil – disponível em http://www.avesderapinabrasil.com/athene_cunicularia.htm Acesso em 16 jun. 2009.


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Nome popular: Coruja-da-igreja ou suindara
Nome científico: Tyto furcata
Família: Tytonidae
Ordem: Strigiformes
Habitat (distribuição):
Amplamente encontrada em todos os continentes exceto em regiões muito frias. Ocorre em todo Brasil. Até 3500m de altitude.

mapa coruja da igreja
Características morfológicas:
Possui em média 33 a 36 centímetros (macho) e 32,5 a 38 centímetros (fêmea) de comprimento e envergadura entre 75 e 110 centímetros, as fêmeas pesam em média 330 a 573 gramas e os machos de 310 a 507 gramas. Possui dois discos faciais bem destacados, em forma semelhante a um coração.
Alimentação:
É uma grande caçadora de ratos, sejam silvestres, sejam espécies introduzidas de fora das Américas. Como todas as corujas, ingere o alimento inteiro. No estômago, há a separação dos pelos, ossos e outras partes não digeríveis, as quais formam pelotas, posteriormente regurgitadas em seu pouso tradicional. A análise dessas pelotas, indica o alimento ingerido pela espécie. Por esse método, descobriu-se no interior de São Paulo, que duas suindaras mudavam seu alimento conforme a época do ano. No período do inverno, cerca de 90% das pelotas era formada por restos de roedores e 7% de gafanhotos. Já no verão, o inverso. Além de insetos e roedores, apanha morcegos, pequenos marsupiais, anfíbios, répteis e aves.
Características comportamentais:
Põe de 4 a 7 ovos, que incubará durante uns 32 dias. Dentro de 50 dias os filhotes já estão aptos a voar. Normalmente, não se separam de seus pais até os 3 meses de vida. Mostram fidelidade aos locais de postura e o seu nome (coruja-de-igreja) se dá pelo habito de fazer os seus ninhos em edificações humanas incluindo as torres das igrejas e casas abandonadas, mas podem nidificar também em cavidades de árvores ou interior de cavernas. Reúne material suficiente para que os ovo não fiquem em contato com o substrato. Uma única fêmea pode chegar a botar até 13 ovos. Ocasionalmente é feita uma segunda postura, menor, em substituição a uma ninhada perdida.
Curiosidades:
De hábitos noturnos, prefere presas vivas. Se perturbadas, balançam o corpo lateralmente. Se encurraladas, jogam-se de barriga para cima, enfrentando o perigo com as poderosas garras que lançam para frente.
Voa durante o dia apenas quando afugentada de seu poleiro de descanso, que pode ser em folhas de palmeiras, bananeiras, galhos de outras árvores ou sob telhados em construções.
Grito fortíssimo, “chraich” (“rasga-mortalha”), que emite frequentemente durante o voo. Quando se assusta durante o dia ou quando quer amedrontar, bufa fortemente podendo estalar com o bico. Um roncar, igualzinho ao roncar do homem, é emitido no período de acasalamento, entoado em dueto pelo casal, a fêmea responde nos intervalos que o macho intercala; semelhante som é emitido com frequência pelos filhotes, que assim acabam revelando o local do ninho. Um sibilar rítmico é emitido no local em que dormem durante o dia. Vocaliza uma sequência de “tic-tic-tic…” durante o voo à noite.

Referências:
EMBRAPA, Fauna de Vertebrados Selvagens de Campinas, Suindara – Disponível em: <http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/suindara.html&gt;. Acessado em: 21 abr. 2009.
The encyclopedia of birds. International Masters Publishing, New York, 2007, Pág. 77.
http://www.owlpages.com/owls.php?genus=Tyto&species=alba
EMBRAPA, Fauna de Vertebrados Selvagens de Campinas, Suindara – Disponível em: <http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/suindara.html&gt;. Acessado em: 21 abr. 2009.
The encyclopedia of birds. International Masters Publishing, New York, 2007, Pág. 77.
http://www.owlpages.com/owls.php?genus=Tyto&species=alba.


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Nome Popular: Falcão-quiriquiri
Nome científico: Falco sparverius
Família: Falconidae
Ordem: Falconiformes
Habitat: Ocupa nas áreas naturais nas regiões de campos e de cerrados evitando matas e vegetações densas, em áreas urbanas geralmente visto em áreas semi-urbanizadas, margens de estradas e ambientes abertos, produzidos pela atividade humana, com sua distribuição geográfica bastante ampla indo desde do Alasca e Norte do Canadá até à ponta Sul da América do Sul (Terra do Fogo), em todo Brasil.
Características morfológicas:
Sendo uma das menores espécies de aves de rapina, possui um comprimento médio de 21 a 31 cm,  pesando aproximadamente 80 a 165 gramas. O macho possui uma coloração cinza azulado no alto da cabeça e asas,enquanto suas costas e cauda são marrom avermelhado com estrias negras largas e sua barriga tem uma coloração clara quase branca com pequenas pintas pretas, embaixo dos seus olhos possui manchas negras em forma de lágrimas. Já as fêmeas ao contrário dos machos possui uma coloração nas costas e cauda marrom avermelhado com estrias negras finas. Seus filhotes da saem do ninho com a plumagem correspondente a dos sexo.
Alimentação:
Sua alimentação se define principalmente por pequenos vertebrados como cobras, lagartos, roedores, morcegos, pardais e filhotes de pombos, assim ajudando a controlar a população desses animais que na falta de predadores poderiam se tornar pragas em áreas rurais e urbanas.
Características comportamentais (defesa e reprodução):
Ativo durante todo o dia, principalmente durante o período de reprodução. Sua alimentação se por meio de caça a partir de poleiros fixos voando a pouca altura do solo além disso também costuma “peneirar” (voo no mesmo lugar).  A presa é capturada e morta no solo, sendo carregada depois para o poleiro.
Essa espécie faz seus ninhos em ocos de árvores, cavidades feitas por pica-paus e até em cupinzeiros. As fêmeas põe até 4 ovos que chocam de 27 a 32 dias, Os filhotes começam voar entre 29 e 31 dias de vida e já apresentam dimorfismo sexual.
Curiosidades:
seu nome deriva da sua vocalização assim como o do gavião-carijó.
as fêmeas põe até 4 ovos que chocam de 27 a 32 dias, Os filhotes começam voar entre 29 e 31 dias de vida e já apresentam dimorfismo sexual.

Referências:
AVES DO PANTANAL – Quiriquiri. Acesso em 19 fev 2009.
http://brasildasaves.com.br/2014/05/ Acesso em 12 jun 2017.


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Nome Popular: Papagaio-Verdadeiro
Nome científico: Amazona aestiva
Família: Psittacidae
Ordem: Psittaciformes
Habitat: Habita florestas úmidas, savanas, floresta de galeria, áreas cultivadas com árvores e matas com palmeiras, até 1.600 m. mas devido a degradação do seu habitat natural  estão cada vez mais sendo encontrados em áreas urbanas como de São Paulo e Rio de Janeiro.
Características morfológicas:
É uma ave de tamanho médio medindo entre 35 e 37 cm de comprimento e pesa cerca de 400 gramas.
Tem uma coloração de na cabeça amarela, com azul-esverdeado perto do bico curvado e negro, no resto do corpo predomina a cor verde e as asas com parte vermelha e nas pontas um tom de azul. Seu dimorfismos sexual se da pela cor da íris dos adultos é amarelo-laranja no macho ou vermelho-laranja na fêmea, onde se destaca um fino anel externo vermelho, os imaturos têm íris marrom uniforme.
Alimentação:
Alimenta-se de sementes e frutos.
Características comportamentais (defesa e reprodução):
Costuma reproduzir em buracos de rochas erodidas, barrancos ou ocos de árvores. Os filhotes permanecem no ninho por cerca de 2 meses. O período de reprodução é de setembro a março. Demora 5 anos para chegar à idade adulta.
Comum ser avistado em casais ou bandos,sua melhor defesa e ficar imóvel e calado, Para dormir reúne-se em bandos.
Curiosidades:
Devido ao “dom da fala”, o papagaio-verdadeiro é muito procurado pelos homens, para servir de ave de estimação. Centenas deles são capturados e comercializados clandestinamente em feiras e mercados.
É freqüentemente “canhoto”, razão pela qual o pé esquerdo é melhor desenvolvido.

Referências:
Portal Brasil 500 Pássaros, Papagaio-verdadeiro – Disponível em http://www.eln.gov.br/opencms/opencms/publicacoes/Pass500/BIRDS/1eye.htm Acesso em 29 set. 2014.
Native Alimentos – Disponível em: http://www.nativealimentos.com.br/biodiversidade/especies_det.php?id=122 Acesso em 13 jun. 2009.
Mahecha, José Vicente Rodríguez; Suárez, Franklin Rojas; Arzuza, Diana Esther; Hernández, Andrés Gonzáles. Loros, Pericos & Guacamayas Neotropicales. Panamericana Formas e Impresos S.A., Bogota D.C., 2005, Pág. 143.
CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2014.
Piacentini et al. (2015). Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91–298.


Nome popular: Pomba-asa-branca
Nome científico: Patagioenas picazuro
Família: Columbidae
Ordem: Columbiforme
Habitat (distribuição):
Ocorre do Nordeste ao Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, São Paulo (nas partes meridionais do país) e também na Bolívia, Argentina e Paraguai.

mapa pomba asa branca
Características morfológicas:
uma das maiores espécies que  ocorrem na América Latina podendo chegar a 34 cm de comprimento. Sua coloração na região da cabeça e do pescoço é de tom roxo vinho, barriga com tom de marrom claro com as costa predominantemente cinzas e asas marrom pálido, na parte de cima cinza com pontas brancas e cauda preta. A fêmea costuma ser mais pálida que o macho.
Alimentação:
Alimenta-se de sementes e pequenos frutos geralmente coletados no solo. São granívoros e frugívoros, frequentando roças de milho e feijão, principalmente após a colheita.
Características comportamentais:
Vive nos campos com árvores, áreas urbanas, cerrados, caatingas e florestas de galeria. Freqüentemente encontrada no solo. É migratória como outras pombas, estendendo seus domínios acompanhando o desmatamento, aparecendo em grande quantidade. Voa longas distâncias e a grandes altitudes, exibindo seu espelho alar branco; está aproveitando as áreas urbanas, é comum ser encontrada comendo milho em galinheiros.
Curiosidades:
Quando em voo, a principal característica da espécie é a faixa branca na parte superior das asas.
Esta ave inspirou Luis Gonzaga e Humberto Teixeira a compor uma das mais conhecidas canções populares, Asa Branca.
Canto baixo, profundo e rouco, de três a quatro sílabas: “gu-gu-gúu”, “gú-gu-gúu”, sendo que o macho emite quatro repetições e a fêmea três.

Referências:
FUNDEVAP – disponível em http://www.fundevap.org.br/Downloads/Ornitologia/Patagioenas-picazuro_Asa-branca.pdf Acesso em 03 mai. 2009.
Disponível em: http://www.diagnostico.org.br/especies/Columba-picazuro Acesso em 03 mai. 2009.
CEO – disponível em http://www.ceo.org.br/musica/asa%20branca.htm Acesso em 28 jun. 2009.
Crozariol, M.A. & J. Indiani (2010) Um híbrido entre a pomba-galega (Patagioenas cayennensis) e pombão (Patagioenas picazuro) (Columbiformes: Columbidae). Atualidades Ornitológicas 153- 6-7.
Sick, Helmut. Ornitologia Brasileira.
SIGRIST, T. Aves do Brasil: Uma Visão Artística, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2004.
FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Christian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem, São Paulo: Dalgas Ecoltec – Ecologia Técnica Ltda, 3ª Edição, 2005.
http://avibase.bsc-eoc.org/species.jsp?lang=EN&avibaseid=C7405D19458E798A – Acesso em 30/01/2014.


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Nome popular: Quero-Quero
Nome científico: Vanellus chilensis
Família: Charadriidae
Ordem: Charadriiformes
Habitat (distribuição):
O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.

mapa quero quero
Características morfológicas:
Mede 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 277 gramas.
Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas.
Estimativa de vida: 3 – 5 anos.
Alimentação:
O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.
Características comportamentais:
O seu esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo. Põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma cavidade com gravetos  no solo; os ovos têm formato de pião ou pera, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho, torna-se agressivo até mesmo a um homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo.
Curiosidades:
É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.
Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril populado por estas aves.

Referências:
EMBRAPA, Fauna de Vertebrados Selvagens de Campinas – Quero-Quero. Disponível em: <http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/ave/queroq.html&gt;. Acessado em: 17 abr. 2009.
Helmut Sick, 1988. “Ornitologia Brasileira”.
Marco Antonio de Andrade, 1997. “Aves Silvestres – Minas Gerais”.
John S. Dunning & William Belton, 1993. “Aves Silvestres do Rio Grande do Sul”.


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Nome popular: Saíra-azul ou saí-azul
Nome científico: Dacnis cayana
Família: Thraupidae
Ordem: Passeriforme
Habitat (distribuição):
Ocorre em todas regiões do Brasil. Encontrado também de Honduras ao Panamá e em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai.

mapa saira azul
Características morfológicas:
Mede aproximadamente 13 centímetros de comprimento e pesa, em média, 16 gramas. Apresenta acentuado dimorfismo sexual: o macho é azul e negro, com as pernas vermelho-claras, enquanto a fêmea é verde, com a cabeça azulada e pernas alaranjadas.
Alimentação:
Alimenta-se de néctar, insetos e frutas. Costuma frequentar comedouros de frutas. Aprecia os frutos da tapiá ou iricuruna (Alchornea glandulosa), e da magnólia-amarela (Michelia champaca).
Características comportamentais:
Reproduz na primavera e no verão. O ninho é uma taça profunda, feita de fibras finas, colocado de 5 a 7 metros do solo, entre as folhas externas de uma árvore. A construção do ninho é tarefa da fêmea, que é protegida pelo macho contra intrusos. Os 2 ou 3 ovos são esbranquiçados ou branco-esverdeados com manchas cinza-claras e são incubados pela fêmea. Durante este período ela é, às vezes, alimentada pelo macho. Os filhotes são alimentados pelo casal e permanecem no ninho cerca de 13 dias. Costuma ter de 2 a 4 ninhadas por temporada.
Curiosidades:
Vive normalmente aos pares ou em pequenos grupos, procurando insetos ativamente na folhagem ou alimentando-se de frutos em árvores e arbustos. Vive à beira da mata em várias altitudes, copas de mata alta. Costuma aparecer em pequenos bandos mistos com Cyanerpes e Tangara.

Referências:
Federação Ornitológica de Minas Gerais: http://www.feomg.com.br/dac_caya.htm Acesso em 29 abr. 2009
Frisch, Johan Dalgas. Aves brasileiras e plantas que as atraem 3ª ed. Dalgas ecoltec, São Paulo, 2005, p.351.
Brasil 500 Pássaros – disponível em http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1eye.htm Acesso em 16 jun.2009.
IBC – Disponível em http://ibc.lynxeds.com/species/blue-dacnis-dacnis-cayana. Acesso em 19/09/2013.

Fotos: Isabela Nicoletti